Por Gilclér Regina

Nos Jogos Olímpicos de 2004, a canadense Perdita Felicien, campeã mundial dos 100m com barreiras, era a favorita absoluta para conquistar a medalha de ouro. Na prova final ela tocou no primeiro obstáculo e caiu feio. Nem chegou a completar a prova. Muito abalada, a atleta ficou lá chorando sem acreditar no que havia acontecido. Passara os quatro anos anteriores se preparando, seis horas por dia, sete dias por semana, tudo para conquistar a medalha tão sonhada. Na manhã seguinte, durante entrevista coletiva dos atletas ela disse: "Não sei por que aconteceu, mas aconteceu, e eu vou aprender com isso. Estou decidida a me concentrar mais e trabalhar mais nos próximos quatro anos. Quem sabe qual seria o meu caminho se eu tivesse vencido? Talvez eu perdesse o ímpeto de competir. Não sei, mas a minha gana de vencer é agora maior do que nunca. Voltarei ainda mais forte".

     Nos programas esportivos quando entrevistam os atletas após uma derrota da equipe, se ouve normalmente expressões como: "Vamos esquecer esse jogo, aprender com esta derrota, treinar durante a semana e nos concentrar para a próxima partida para buscarmos a vitória". Pode até soar como um "clichê de atleta" que sempre dão as mesmas respostas, mas esse é o pensamento dos campeões. Também no jogo da vida as coisas funcionam assim, afinal ela também é feita de vitórias e derrotas e saber extrair o exemplo do fracasso ajuda muito a construir o sucesso que está adiante. O escritor Og Mandino, autor de vários Best Sellers e que ficou ainda mais conhecido quando escreveu o livro "O maior vendedor do mundo", disse: "O fracasso jamais me surpreenderá se minha decisão de vencer for suficientemente forte".

     Tenho colocado em minhas palestras, nos inúmeros locais que visito no Brasil e no Exterior, que o mundo em que vivemos é de escolhas e são dois os caminhos que podemos escolher: positivo ou negativo... otimista ou pessimista... motivado ou desmotivado... A escolha é apenas de cada um! Os que escolhem o caminho da desmotivação e acredito que uma imensa maioria trilha por essa estrada cheia de poeira que causa uma conjuntivite mental e que provoca em vez de coceiras nos olhos, um sentimento que causa vontade de criticar e em vez de ardência, um sentimento de frustração.

     Meu prezado amigo! Minha prezada amiga! Nós aprendemos com os campeões. Nós aprendemos com as pessoas otimistas e realizadoras. Mas quando você anda com os desanimados você também aprende. Sempre se aprende, mesmo quando é para aprender a não fazer daquele jeito. Isso me lembra de Tomas Edison que em certa ocasião disse que havia aprendido 9.999 vezes como não fazer uma lâmpada elétrica. Isso é exemplo e isso também é bom humor diante da vida, um grande aprendizado. A síntese de toda essa mensagem é: Diga-me com quem andas... E te direi quem és! Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!