14/08/2013 às 08h24
A EMPRESA E A ECONOMIA DO CONHECIMENTO

Por Elizabeth Ernandes de Oliveira

     Em meio a um cenário de turbulências e de mudanças constantes, como as empresas devem se comportar e sobreviver frente aos desafios e às imprevisibilidades? O encontro de resposta pede algumas reflexões. Na busca de se tornarem aptas para os novos tempos muitas empresas têm se utilizado de técnicas de gestão com rótulos inovadores, de recursos tecnológicos de ponta, de marketing estratégico, aprimoramento no relacionamento com o cliente, entre outras técnicas. Entretanto, parece que isso ainda não é suficiente. Considerando a competitividade cada vez mais acirrada, que exige outras formas de produção e comercialização, além do mercado consumidor revisitado, tudo passou a ser objeto de análise criteriosa para as tomadas de decisões. A boa "carta de intenções" vem substituir a realidade aplicativa de métodos e de recursos que garantam com eficiência o alcance dos resultados.

     Se considerado o aprendizado das últimas crises econômicas, cada vez mais as empresas vêm lidando com situações antes inimagináveis o que passou a requerer no bojo de suas competências alta capacidade de adaptação, de gerenciamento, de planejamento e de relacionamento. Na "Era da Economia do Conhecimento" a geração de valores está diretamente vinculada à sinergia de esforços e movimentos que englobam não apenas o ambiente interno das empresas, mas a relação que ela estabelece com os diferentes segmentos que compõem a sociedade, alargando sua função de apenas produtora ou prestadora de serviços. Com características que diferenciam das empresas tradicionais, como entidade multicentrada, as organizações atuais devem gravitar em torno das pessoas, da comunidade, dos parceiros de forma orgânica e sistêmica - alerta o estrategista empresarial Cesar Souza. Refletir sobre essas considerações não é tarefa simples. Requer disposição, tempo e consciência de que o tempo das permanências já passou, ainda que muitas empresas insistam em caminhar na contramão da história e, ao mesmo tempo, alheias aos novos paradigmas.

     Para o consultor e especialista Marco Aurélio F. Vianna, em épocas de incertezas é necessário abandonar a ideia de que conhecendo bem o presente, poderá ser definido o futuro. Devem-se estabelecer alguns princípios a serem observados na condução das práticas organizacionais:

- Conectividade com o cliente
- Educação corporativa.
- Atração, desenvolvimento e retenção de talentos.
- Organização flexível.
- Ambientes mais humanizados e,
- Uma nova contabilidade que vai além de debitar e creditar. Na transformação da Sociedade da Riqueza para a Sociedade do Conhecimento, cada vez mais o lucro como subproduto das coisas bem feitas será substituído pela contabilização das coisas bem feitas além do lucro, afirma Marco Aurélio.

     Sob essa ótica, as empresas flexíveis e abertas às tendências terão maior chance de permanecerem no mercado com menor risco de verem sucumbir seus objetivos e propósitos. Descentralização, delegação planejada, autonomia, cultura da inovação e tecnologia devem compor os pilares gerencias de uma nova estrutura organizacional. Esse novo tempo inspira

organizações transparentes, responsáveis e dinâmicas, favorecendo o florescimento das potencialidades humanas no rico celeiro das forças transformadoras.


Voltar