23/07/2013 às 08h33
A CAPACIDADE DE GESTÃO DO LÍDER

Por Julio César S. Santos

     Não importa a área da empresa, o gerente é responsável por 70% do clima motivacional no seu ambiente de trabalho e as suas atitudes refletem-se diretamente no comportamento da equipe. Segundo pesquisas realizadas pela Hay Group Consulting (empresa especializada em sistemas de liderança), um bom gerente acaba influindo em cerca de 30% dos resultados globais de uma organização. Não pelo seu trabalho pessoal, pois as razões estão na sua capacidade de gestão, com ênfase em alguns pontos, dentre os quais:

- Relacionamento com clientes.

- Habilidade para ouvir.

- Presença direta onde as coisas acontecem; e

- Gerenciamento eficaz da equipe.

     Como líder, o gerente é quem dá o tom da qualidade e do direcionamento do trabalho. Tanto que é comum associar-se à personalidade do gerente, a personalidade da organização e até da própria equipe. Quando o gerente é bom, a empresa e as equipes são consideradas excelentes. Gerente médio ou regular, tudo acaba sendo nivelado por baixo, inclusive o mercado. Para um gerente médio ou regular, funcionário nenhum presta, enquanto que a falha está na cabeça da chefia e não nas pessoas que estão ali ansiosas ao lado dele e seguindo o tom do líder. Por outro lado, tornar-se um gerente é algo estimulante, desafiador e um pouco perturbador. Embora muitas pessoas tenham sonhado com isso durante algum tempo, traz, naturalmente, alguma ansiedade aos profissionais que são promovidas - ou contratados - para exercerem tal cargo.
     Alguém acreditou nessa pessoa e ele acreditou em si mesmo. Por isso, ele deve estar certo que não foi acidentalmente que chegou onde está agora. Ele foi recompensado pelo desempenho demonstrado ao colaborar para o sucesso da sua organização. Dessa forma, ele será desafiado a alterar seu ponto de vista sobre o trabalho e, por isso mesmo, ele deverá capacitar-se para:

- Definir e solucionar problemas, além de avaliar oportunidades.

- Ampliar sua perspectiva para ter a visão do todo.

- Equilibrar a lealdade aos subordinados com a fidelidade à diretoria.

     Primeiramente, ele deverá afastar-se das reclamações mesquinhas, das calúnias ou das "alfinetadas" de seus antigos colegas, sendo objetivo e justo com todos aqueles que convivem e fazem parte do seu dia a dia. Para desviar eventuais ressentimentos, deve resistir às manipulações de comprometer seus padrões de desempenho ou mudanças de regras, em consideração aos "velhos tempos". E, quando gerenciar pessoas que ainda não tenha trabalhado juntos, ele deverá conversar com esses colaboradores e ouvi-los sobre suas funções e suas preocupações. Os gerentes que pedem conselhos e opiniões demonstram sabedoria, pois admitem que não possuem todas as respostas ao seu alcance. E, além disso, sua equipe tolerará seus erros se ele também estiver disposto a escutar e respeitar suas opiniões.


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