03/07/2013 às 14h20
FACEBOOK E A VIDA PROFISSIONAL

 POR DIEGO NASCIMENTO

   

Desde o surgimento das redes sociais tenho a chance de estudar esse fenômeno da Era Digital. Orkut (alguém ainda acessa?), LinkedIn, Twitter e tantos outros formam uma teia de conexão mundial. Mas hoje quero chamar sua atenção para o Facebook: uma criação fantástica, capaz de encontrar aquele amigo ou parente sumido por tanto tempo, desafiar as mentes brilhantes do marketing digital e literalmente redefinir o conceito de distância.

Em muitas profissões o Facebook é uma ferramenta necessária ou mesmo obrigatória para algumas atividades. Por outro lado, existe o grupo que utiliza o Face apenas para entretenimento. É aí que mora o perigo. Pouca gente sabe que muitos recrutadores ou mesmo seus clientes observam seu estilo de vida por meio dessa rede social. Cuidado com suas postagens, fotos e outras imagens compartilhadas. Conheço pessoas que dizem: "minha vida é um livro aberto". No mundo corporativo essa frase não vale. Tenha em mente que determinados assuntos dizem respeito a você ou à sua família, não havendo a menor necessidade de compartilhar para o mundo todo. É nessa linha de raciocínio chamo a atenção dos leitores para a prudência na publicação de informações via Facebook. Confesso que sou um dos usuários dessa rede social, que, além de trazer informações interessantes, permite o contato com diversos amigos independente da localização geográfica. Assim como o prefácio de um livro, precisamos estar atentos sobre o que devemos ou não divulgar para nossa rede. Infelizmente, ao longo de minha jornada on-line, tive a chance de ler postagens, feitas inclusive por profissionais de carreira, com conteúdos inapropriados e erros básicos de ortografia. Muitos currículos eletrônicos, por exemplo, pedem o endereço de Facebook, Orkut ou seja lá qual for o link com o objetivo consultar a ousadia e os limites dos candidatos a uma vaga de emprego quando o assunto é estar conectado por meio de computadores ou dispositivos móveis.

    Outro aspecto é sobre quando acessar o Facebook: algumas empresas estabelecem um período determinado para leitura de notícias ou acesso a redes sociais, porém, estejam atentos a essa ferramenta: enquanto você está lendo postagens (no momento indevido) aquele cliente pode estar no balcão ou mesmo ao telefone esperando por atendimento.
Relatei um fato desse tipo em um texto que escrevi recentemente. Nele compartilhei uma triste cena que vivenciei: comprei um lanche e fui ao caixa para efetuar o pagamento. A atendente estava com os olhos fixos em seu celular, navegando pela internet. Enquanto isso eu aguardava alguma reação da funcionária, pois, após o consumo daquele tão saboroso salgado eu seguiria viagem rumo a um importante compromisso. O tempo correu... até que decidi dizer "boa tarde" na esperança de que minha presença fosse percebida. Sem manifestar qualquer simpatia, a atendente recebeu o pagamento do produto e continuou a "prioritária missão" de navegar por mais e mais páginas da web. Compreendo que essa cena se repete em diversos setores, independente do tamanho da empresa ou da prestação de serviço realizada. Mesmo sendo algo aparentemente comum (triste não é mesmo?), insisto em divulgar fatos como esse na tentativa de acender a chama do "desconfiômetro" nos corações que precisam de mudança imediata. Nosso país será sede da Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas 2016. Tenho acompanhado pelos jornais os investimentos das iniciativas pública e privada em oferecer estádios modernos, transporte de qualidade e segurança aos turistas que visitarão o país ao longo desses eventos (o que também inclui os brasileiros, claro!). Do que adianta as mega estruturas se a principal força motriz, que são as pessoas, não estiverem preparadas para oferecer um atendimento profissional? Será que teremos atendentes usando o celular ou tablet enquanto os torcedores aguardam na fila pela compra de ingressos? (risos...)

 

    Que tal concentrarmos esforços no uso correto e prudente das redes sociais e em atitudes que de fato mostre profissionalismo? Volto a falar de uma tradicional frase que repito em todas as minhas palestras: Seu nome é sua marca! Invista em sua carreira!


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