19/06/2013 às 13h10
DINÂMICAS DE GRUPO PARA ADULTOS

 Por Eduardo Fornaro

 

O ponto de partida para compreendermos a utilização de dinâmicas de grupo para adultos é a palavra Andragogia. Este termo refere-se à arte de orientar adultos a aprender.
    Sabemos que o aprendizado dá-se através das experiências (boas ou ruins) que vivenciamos. Estas experiências, por sua vez, podem ser inesperadas. Não obstante, também provoca aprendizado. Neste ponto, as dinâmicas de grupo veem ao nosso encontro, pois permitem oportunidades únicas para provocar o imprevisto, do ponto de vista do participante, colocando-o em situações que instigam seu comportamento, emoções, atitudes e ideias.
    O adulto possui uma necessidade de saber e, internamente, se questiona o que estará ganhando ao aprender algo. Se tentarmos ensinar música a alguém desinteressado certamente teremos um indivíduo que passará à aversão por esta ciência. Isto ocorre porque este adulto não percebeu (dentro de suas crenças e valores do momento) nada que pudesse ganhar ao aprender música. Se, ao contrário, este adulto vivenciasse uma experiência gratificante que envolvesse a música e nesta percebesse um caminho para se tornar alguém melhor ou mais aceito por um determinado grupo social, certamente teríamos um aluno curioso e perseverante no estudo das melodias ritmos musicais.

   

    Voltando às dinâmicas de grupo, como poderemos extrair desta ferramenta um bom resultado sem que antes tenhamos claramente em mente qual o nosso objetivo. Quer seja um recrutamento, treinamento ou aula, o objetivo deve vir em primeiro lugar na hora da escolha da dinâmica. Em se tratando de um recrutamento o adulto já estará motivado a participar, pois percebe claramente que seu ganho seria o emprego almejado, mas se nosso foco é um treinamento ou aula, a motivação será um desafio ao facilitador. O relacionamento da dinâmica com o objetivo principal que o facilitador tem em mente será a mola propulsora para o sucesso da dinâmica. Quando possível, um treinamento com várias dinâmicas que, com o apoio de outros recursos didáticos, tem o seu crescente em torno do objetivo previamente traçado terá uma chance muito maior de envolver os participantes. Por exemplo, se estamos tratando do trabalho em equipe, porque não iniciar com dinâmicas simples onde os próprios participantes percebam aspectos de solidariedade, egoísmo, autoestima, intolerância etc.
    A cada nova experiência dentro da dinâmica de grupo os participantes serão orientados, através das palavras do facilitador, da importância do bom relacionamento humano para o bom trabalho em equipe. Percebam que: se o adulto não souber claramente o que ganhará com o aprendizado este não ocorrerá devido ao próprio paradigma da não aceitação.

 

 

    Os adultos sempre aprenderão melhor se perceberem, nas dinâmicas de grupo, uma contextualização com situações reais de seu dia a dia. Jamais façam uma dinâmica apenas por fazer com a desculpa de que tem tempo sobrando ou que não pode pensar em nada apropriado à ocasião. Toda e qualquer dinâmica de grupo, se bem aplicada, poderá servir para os mais diversos objetivos quando o tema é educar adultos.
Boas dinâmicas!


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